O
que me ocorre é um lapso desconhecido de algo prestes a romper. Rompimento
placentário de uma prenha em 3° ato. Corte oblíquo dos olhos fitando a visão,
imagens a significar, sentimentos a se sentir e compreender. Ilusões, sou se
não uma ilusão dançante nos olhos de quem me vê e crê que sou real. Minha
realidade escapa a minha vontade. Quando vejo já fui, precipito-me e aconteço.
Ocorro como um já que outrora era agora, e assim desdobro-me como um origami
delicadamente fino e confeccionado por Deus num ato passional. Não sei outra
forma de ser. Sou um coração bobo a bater vigorosamente numa rítmica erma, onde
artérias sincopadas bombeiam-me folego e novas formar de amar.
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