terça-feira, 26 de maio de 2015

Inóspito

Inevitavelmente o corte sangrará um denso liquido corpóreo
Evocado da carne repleta de hematomas que deflagram a dor
O abismo
O corte
E a solidão.

Esmeraldas na íris escondem-se por entre pigmentos vários
Ecos de um passado turbulento e de grande sofreguidão
Memorias distorcidas
Crises de percepção
Desidratação lacrimosa

Vácuos nos instante de outrora enevoados por denso negror
Lacunares caleidoscópios contorcidos pelas mãos em chamas
Cinzas de um cigarro
Fogos espocados no ar
Noites a se perceber
Inóspito...

- Bruno Bueno Requena

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