segunda-feira, 25 de julho de 2011

Vozes...


Vazio de gente vazia,
Vozes vorazes sobre o vento,
Ventos de furacões famintos,
Fome de gente cheia,
Cheio de luz,
Ponto fugaz vibrante vulto,
Verde luz colorida no céu,
Claras cores cristalinas,
Cacos e cortes cravados,
Vozes vibrantes de lábio,
Vozes vibrantes da boca,
Vozes de se comer,
Comer a própria voz,
Para que se sinta se falar,
E ao falar sinta se presente,
Presentear pontos quaisquer,
Que necessitem de voz,
Veludas vozes no ar,
Canto que quase sussurra,
Outrora quase se berra,
Depois ouve se manso,
Ouvidos que quase ouvem,
E vozes que quase falam,
Gente que é quase gente,
Temporã, temporão, tentação,
Turbilhão de fonemas em profusão,
Parodias e prosódias,
Pessoa, machado, matos, da cruz,
São vozes simbolizadas,
De símbolos sonoros,
De vozes guardadas,
Em versos no ar.

- Bruno Bueno Requena

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