segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Em terra firme.

Quanto tudo isso? Eis que depois das tempestades, o barco repousou em águas calmas, eu levemente pleno, desembarquei em terra firme, a firmeza do chão verde, flores vermelhas e brancas que cobriam a encosta, arvores altas faziam sombra para quem dorme, as borboletas beijavam o sexo das flores, e por entre as arvores ouvia-se os pássaros cantando, saudando o desconhecido, todas as cores em harmonia, tudo se fazia em paz.
O estranho da leveza não é o vôo, mas sim a visão, mas que visão é esta? Lá no alto a sensação muda, inverte-se, deixa de ser aquela paisagem sincopada, para que o todo, enfim, seja o todo, e o todo nunca é o todo, pois sempre há algo sendo mais do que aquilo que é.
Gritei ao céu, preces, orações, novenas. Tudo que agora me cerca perdura nessa latência despreocupada e simples, essa simplicidade por mais que monótona, me acalma.

- Bruno Bueno Requena

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